O Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG apresentou números positivos referentes ao Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) e ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), no primeiro semestre de 2021. Foram concluídos 21 projetos de pesquisa e iniciados outros 13. Para a médica e diretora de Ensino e Pesquisa da unidade do Governo de Goiás, Fátima Lindoso, esse é o resultado de uma instituição que preza pelo ensino e pela assistência de qualidade, tendo um dos pilares pautados na pesquisa.
“Nós, no HGG, temos buscado desenvolver o conhecimento alinhando-o e sedimentando-o por meio de pesquisas. Todos os nossos residentes, juntamente com seus preceptores, desenvolvem trabalhos de pesquisa que são apresentados ao término do curso. Isso tem trazido rica experiência, com resultados promissores. Inclusive, alguns deles têm servido para assessorar as gestões municipais e estaduais”, afirma.
Fátima ressalta que, apesar das dificuldades de incentivo à pesquisa no Brasil, com a pandemia, novos campos foram abertos nessa área. Ela destaca ainda que o país não está tão longe, uma vez que o genoma do coronavírus foi codificado primeiro por duas pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP).
“Nosso hospital tem um interesse muito grande de desenvolver pesquisas no estado de Goiás. Hoje, temos cadastradas nove pesquisas relacionadas à covid-19. O NAP tem desenvolvido ações motivadoras, trazendo temas que têm sido ofertados por profissionais renomados, incentivando esses jovens pesquisadores”, destaca.
NAP
A advogada e coordenadora do Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP) do HGG, Adriane Espíndola, destaca que os pesquisadores do hospital encontram no NAP um suporte para o desenvolvimento de pesquisas, desde a elaboração do projeto, que é parte integrante do protocolo de pesquisa, até a finalização na elaboração de relatórios de encerramento.
“O NAP funciona desde 2019 e, neste ano de pandemia, nós conseguimos manter o ritmo de trabalho e até incrementar o número de pesquisas aqui no HGG, mesmo trabalhando remotamente em algumas situações. Aqui, nós temos duas categorias de pesquisadores: os residentes que estão concluindo suas especializações e os profissionais que já pertencem ao corpo do hospital, sejam eles médicos ou da equipe multiprofissional”, destaca. Além disso, o HGG também realiza projetos com pesquisadores de outras instituições.
Adriane, que também é membro titular da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Ministério da Saúde, ressalta o crescimento de projetos de pesquisa durante a pandemia do novo coronavírus. Para a advogada, os profissionais se dispuseram trabalhar mais e se doarem ainda mais em busca de respostas para a covid-19.
“Com essa evidência do tema ciência, percebemos uma necessidade de valorização dos pesquisadores, e essa valorização não implica apenas em aporte financeiros, mas também em respeito por parte da sociedade”, afirma a coordenadora.
CEP
O Comitê de Ética em Pesquisa do HGG (CEPHGG) também desempenha um papel importante na unidade. Formado por uma equipe multi e transdisciplinar de 12 membros– 5 médicos, 2 psicólogos, 1 farmacêutica, 1 fisioterapeuta, 1 advogada, 1 teólogo e 1 representante dos participantes de pesquisa– o grupo se reúne mensalmente para acompanhamento dos projetos de pesquisa desenvolvidos no HGG.
Segundo a médica infectologista e coordenadora do CEP, Andréa Spadeto, o comitê atua de forma educativa e consultiva. “Nós criamos um Manual de Orientação ao Pesquisador, que é encaminhado a todos os pesquisadores que solicitam informações e também para aqueles que encaminham novos projetos de pesquisa que não estão em conformidade com as normas exigidas”.
Ao longo do ano, seus membros participam de uma série de atividades internas e externas, como fóruns, seminários, mesas redondas, entre outros eventos. “Tenho percebido o fortalecimento da equipe e, apesar de ser um trabalho voluntário, observamos o comprometimento e a disponibilidade de todos”