O Conselho Deliberativo do Estado (CDE) aprovou na sua 363ª reunião para análise de cartas-consultas do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), realizada nesta quarta-feira (04), 148 propostas de financiamento dos setores rural e empresarial, que somam a ordem de R$ 165,659 milhões.
Por determinação do governador Ronaldo Caiado, os recursos são distribuídos para atender micro e pequenos empresários, principalmente, das regiões menos desenvolvidas. “Buscamos uma distribuição correta do FCO, para que esse dinheiro fosse mais bem dividido. Antigamente, o fundo era para contemplar quatro ou cinco pessoas. Agora, a prioridade é atender os 62 municípios mais humildes de Goiás”, garantiu o chefe do Executivo.
Do montante total, R$ 24,250 milhões contemplam o setor empresarial, que vai destinar os 10 financiamentos aprovados para aquisição de equipamentos, obras civis e capital de giro, o que também deve gerar 130 empregos diretos. Já 138 produtores rurais receberão R$ 141,659 milhões para aquisição de equipamentos e matéria-prima, construção civil, implantação de usina fotovoltaica, correção de solo e pastagem, com previsão de criar 575 vagas de trabalho.
Seguindo a nova prioridade do Governo de Goiás para priorizar financiamentos de mini a pequeno-médios, 86,48% das cartas aprovadas pelo CDE/FCO contemplam empresas e produtores rurais de mini (01), pequeno (69) e pequeno-médio (58) portes. Enquanto apenas 20 empreendimentos de médio porte tiveram cartas aprovadas e nenhum produtor rural ou empresário de grande porte foram beneficiados.
De acordo com o titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), José Vitti, a preferência por aprovar cartas de empreendimentos de menores portes possibilita a pulverização de crédito, o que permite que mais produtores rurais e empresários sejam beneficiados pelo financiamento.
“É apoiando o pequeno empresário e o pequeno produtor rural que vamos ajudar na retomada da nossa economia. O FCO é uma ferramenta importante para fortalecermos a geração de empregos e de renda”, comentou José Vitti.
Força aos pequenos
O crédito auxilia principalmente os pequenos empreendimentos na retomada dos danos causados pela pandemia. O empresário Adriel Marcos contratou financiamento, em fevereiro de 2021, para compra de máquinas para sua empresa que fabrica e instala tratamento acústico para indústrias e comércios. Segundo ele, o processo de recuperação foi rápido.
“Utilizamos todo o caixa de reserva que tínhamos para honrar as contas e não demitir nossa equipe, por isso da necessidade de recorrer ao FCO para a compra de equipamentos”, lembra o empresário. “Recuperamos o prejuízo da pandemia já após cinco meses da modernização de nossos equipamentos. Sem este recurso dificilmente teríamos crescido e superado a paralisação mais severa da pandemia”.
Outra vantagem do FCO é a agilidade para quem realmente precisa. Adriel também conta que ficou impressionado com a facilidade para aderir ao programa. “Assim que entreguei toda documentação foi muito simples a aprovação e pagamento. Muito rápido, descomplicado, fiquei impressionado”, pontua.
O produtor Rural Ordiley Rodrigues contratou o financiamento em abril deste ano para expandir produção de leite e contou que isso foi essencial para a estabilidade do empreendimento. “Sem o incentivo do Governo, o produtor, o pecuarista, o empresário e toda a cadeia produtiva perde o ponta pé inicial, que é o dinheiro para se iniciar qualquer empreendimento”.
62 municípios prioritários
Além dos benefícios diretos aos empresários e produtores rurais, o FCO favorece o desenvolvimento socioeconômico dos 62 municípios goianos prioritários. Enquanto Adriel conta que a compra do maquinário auxiliou na geração direta de duas vagas de trabalho em sua empresa de pequeno porte, Odirley fala da geração de empregos indiretos em Bela Vista de Goiás. “O financiamento auxiliou na geração de empregos indiretos, pois aumentou minha renda. Com isso, o consumo em tudo na fazenda, insumos, energia, combustível, alimentação do rebanho, diaristas, empreiteiros, prestadores de serviços”.