Com 69 atletas inscritos na competição, Goiás voltou com a bagagem pesada: 117 medalhas conquistadas e o troféu de terceiro lugar geral, na concorrência com mais 10 estados e o Distrito Federal.
Os medalhistas nas modalidades de natação, atletismo e bocha, garantiram classificação para a fase nacional da competição. A delegação contou com o apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). Com 115 integrantes, entre atletas e comissão técnica, o número de medalhas conquistadas mais que dobrou em relação ao ano passado, assim como o número de pódios, que em 2022 foram 48.
O resultado expressivo demonstra o crescimento do paradesporto goiano nos últimos anos, como ressalta o secretário de Esporte e Lazer, Henderson Rodrigues.
“Ficamos muito felizes com os resultados alcançados em Brasília. Estamos garimpando cada vez mais atletas em idade escolar, principalmente nos municípios do interior. É caminho para formar atletas de alto rendimento no paradesporto, mas o principal é qualidade de vida e inclusão social para as nossas crianças com deficiência. Isso é uma coisa que não tem preço”, cravou o titular da pasta.
Além do terceiro lugar geral, Goiás ainda faturou o segundo lugar na bocha e o terceiro lugar na natação. Superintendente de Paradesporto e Fomento Esportivo da Seel, Mário Kanashiro esteve na cerimônia de premiação e comemorou.
“O crescimento que tivemos em relação à fase regional do ano passado é muito significativo, e isso nos alegra bastante. O resultado geral nos traz uma expectativa muito alta de que vamos chegar fortes na fase nacional, em São Paulo”, analisou o dirigente.
PARALIMPÍADAS ESCOLARES
Participam das Paralimpíadas Escolares crianças e adolescentes com deficiência física, visual ou intelectual, de 10 a 17 anos. Como é o caso de Giovanna Ricastro, de 15 anos, que tem baixa visão e está em seu segundo ano no torneio disputando o atletismo.
Giovanna participou de três provas e conquistou a medalha de ouro em todas: 75 metros, 250 metros e salto em distância.
“Estou muito orgulhosa com os meus resultados. Evoluí muito em relação ao ano passado. Fiz minha melhor marca pessoal nos 250 metros. Agora minha meta é treinar mais e buscar o recorde escolar das provas, em São Paulo”, destacou a atleta.
Ela é uma das alunas do Centro de Referência Paralímpico, que funciona no Centro de Excelência do Esporte, e destaca a importância que o esporte teve em sua vida.
“Antes de conhecer o paradesporto eu não tinha muita interação com as pessoas da minha idade, e depois que eu virei atleta isso me ajudou a fazer mais amizades, além de ser fundamental na minha autoestima”, finalizou.
A delegação goiana agora terá quase três meses de preparação para a disputa da fase nacional das Paralimpíadas Escolares, de 27 de novembro e 2 de dezembro.