Lotados nos órgãos públicos e comarcas de Justiça, eles recebem salário de R$ 569,36, férias, décimo terceiro, vale alimentação mensal de R$ 150, vale-transporte, seguro de vida, tablet com internet, destinado a cursos de formação, e uniforme.
Entre os objetivos do programa estão os de promover a inclusão social, aumentar a renda familiar, proporcionar melhoria na qualidade de vida, garantir a permanência do jovem na escola, ensinar novas formas de pensar e atuar na sociedade, bem como reduzir a probabilidade de envolvimento com a criminalidade e drogas. Os participantes são alunos da rede pública ou bolsistas da rede particular.
A jovem Brenda Almeida, 16 anos, moradora de Rialma, município do Vale do São Patrício, conta que cumpria carga horária diária de oito horas como vendedora, mas agora tem a oportunidade de se dedicar aos estudos. “Antes eu trabalhava o dia todo, até aos sábados, e não sobrava tempo para estudar. No Aprendiz do Futuro, a minha carga horária foi reduzida pela metade, possibilitando os meus estudos”, afirma Brenda, que cursa o segundo ano do ensino médio.
Kalyssa Hamoni Rocha, 15 anos, de Goiânia, começou a trabalhar pelo programa em outubro de 2021 e, segundo ela, isso mudou não só a sua rotina, onde teve que conciliar escola e meio período de trabalho, ao sair de casa às 6h30 da manhã e voltar às 19 horas, mas o seu próprio comportamento. “Aprendi a ter mais responsabilidade, a mexer com dinheiro e a lidar melhor com as diferenças”, declara Kalyssa, explicando que paga o seu dentista (ela faz tratamento ortodônico) e a sua conta de celular.
A mãe do jovem Arthur Caetano Rodrigues, 15 anos, Keila Caetano, de Ceres, conta que o filho também tem apresentado comportamentos muito positivos em casa. “Ele está obedecendo mais as ordens, aprendendo a trabalhar em grupo, sem contar que ele está se sentindo mais adulto. O meu marido faleceu há algum tempo, então, o trabalho tem deixado o Arthur mais alegre e responsável, ajudando nas contas em casa”, comemora dona Keila.
O secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, destaca que, na idade de 14, 15 anos, é muito difícil para os jovens conseguirem um emprego formal, ter rendimento. “Com o Aprendiz do Futuro, além de todo o suporte que eles recebem, esses jovens passam por um processo de capacitação profissional e, ao completarem 18 anos, têm maior facilidade de inserção no mercado de trabalho”, analisa.