A atividade contou com a participação de mais 100 pessoas, entre diretores, engenheiros contratados pela autarquia e representantes das empresas prestadoras de serviço ao Estado. “Com isso, investimos na capacitação dos profissionais para que resultados cada vez mais positivos sejam percebidos nos serviços que entregamos aos cidadãos goianos”, pontuou o presidente da agência, Pedro Sales.
A gerente de Segurança Rodoviária da Goinfra, engenheira civil Vanessa Borges, confirmou a vantagem do investimento na reciclagem dos técnicos responsáveis pelas obras rodoviárias do Estado: “é uma forma de estarmos atualizados quanto às tecnologias lançadas pelo mercado, às formas de contratação na área, com valor especial às questões de execução de projetos, o que nos permite oferecer soluções de excelência, para a satisfação dos usuários das rodovias estaduais”.
Os palestrantes convidados Alexandre Fernandes, Flávio Patané e Rodrigo Colleone – respectivamente diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (Dner) do Paraná, representante da empresa Lisy Segurança Viária e sócio-administrador da empresa Projevias — falaram sobre métodos utilizados por gestões desenvolvedoras de tecnologia e prestadoras de serviços na área viária, com alto nível técnico, certificação e padrão de qualidade.
Segurança nas rodovias
Ao apresentar o tema Desenvolvimento de Programas de Engenharia de Tráfego em Rodovias, o engenheiro Alexandre Fernandes relatou que 90% da malha rodoviária do Brasil foi construída no século passado, quando veículos transitavam em velocidade de até 60 quilômetros por hora. “Hoje, nós atingimos 80, 100, 120 quilômetros por hora nas estradas, e a tecnologia rodoviária não acompanhou essa evolução”, disse. “Nós temos tudo de muito moderno no Brasil: normas, manuais e engenheiros preparados, mas precisamos que tomadores de decisão se posicionem em relação à segurança no trânsito.”
Para ele, é preciso uma mudança de comportamento para reduzir a violência no trânsito que, além de resultar em um elevado número de vidas perdidas, representa altos custos hospitalares e previdenciários, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2021. “Tornou-se mais que do urgente um olhar assertivo sobre essa realidade”, confirmou.
Flávio Patané, da empresa Lisy Segurança Viária, dissertou sobre Dispositivos de Contenção Viária, como defensas metálicas, terminais e atenuadores de impacto, apresentando novidades do mercado e as melhores formas de adequar projetos às necessidades de segurança das rodovias. “Cada trecho tem uma característica particular. Os projetos, portanto, devem olhar para essa diversidade de perfis com o propósito de tomar as melhores decisões relacionadas primeiramente à preservação da vida”, enfatizou.
Na opinião de Rodrigo Colleone, o último mediador a se apresentar, com o tema Projetos de Segurança Viária e suas Particularidades, a definição de soluções financeiras por meio da adoção de modelos digitais criados a partir de noções de cartografias, de fotometrias terrestres e uso de drones, por exemplo, minimizam o frequente deslocamento a áreas que podem representar risco à saúde ou à vida dos profissionais responsáveis pelas obras. Também representa uma base digital atualizada, que permite um levantamento geométrico condizente com a realidade de cada trecho.
Iniciativa aprovada
Engenheiro civil e assessor especial da presidência da Goinfra, Pedro Paulo Rosa considerou o workshop extremamente proveitoso pelos níveis técnicos dos oradores e a experiência que foi compartilhada. “Dominar o conhecimento da área não só é importante para a nossa bagagem teórica. É uma forma de reduzir consideravelmente os acidentes graves e fatais em nossas rodovias”, destacou.
Já o engenheiro civil da Diretoria de Manutenção (DMA) da autarquia, Júlio Lopes, percebeu a extrema importância do conjunto de palestras para o entendimento sobre como outros órgãos lidam com situações técnicas que profissionais da Goinfra também enfrentam. “No caso da Segurança Rodoviária, esse tipo de iniciativa faz com que busquemos cada vez mais o aperfeiçoamento dos nossos conhecimentos em prol da otimização dos serviços que prestamos”, concluiu.